O coletivo Quintas Psicodélicas funcionou como um laboratório de fruição, criação e apresentação artística, nos apresentávamos todas as quintas feiras no pavilhão de aulas do campus Jorge Amado, em nossas criações usamos do pensamento crítico, através de performances, musicas e teatro para refletir nosso trajeto de formação artística e nossa realidade enquanto alunos de artes na UFSB.
Author: Caroline Nascimento
O Ódio de uma Nação
Brenno Franca
O Ódio de Uma Nação se originou no Laboratório de Projetos: Narrativas com a proposta de trazer uma perspectiva estudantil e local diante da eleição de Jair Bolsonaro e o futuro da nação, em 2018. Finalizado em 2020 durante a quarentena, o projeto tomou rumos políticos diferentes da ideia inicial. Passado e futuro se confundem à medida em que as falas dos entrevistados, enfim, tornaram-se proféticas.
TRANSLOGIA
Brenno Franca
TRANSLOGIA é uma trilogia de pôsteres inspirados na estética de cartazes poloneses de filmes durante a Guerra Fria. Realizado durante o CC Laboratório em Projetos: Territórios, a obra versa sobre as diversas violências sofridas pela população LGBTIQ ao longo das últimas décadas. Os símbolos usados como o batom e a navalha trazem uma identificação direta à comunidade trans, não exatamente pelo o seu uso, mas sim pelo o seu significado.
Pitoco
Uirapuru
Pitoco é uma música minimalista. Nela a ferramenta deixa de ser um instrumento para dividir a autoria comigo, pois várias melodias foram automáticas, eu só filtrei. Pitoco significa algo pequeno, relacionado com o minimalismo e com um toque de leveza.
Eumãtxe (ligado)
Arievilo Evangelista Oliveira
O Curta eumãtxe (ligado) é uma ficção produzida de forma independente sobre ancestralidade e a busca pelas raízes indígenas de um sujeito contemporâneo. No filme o personagem principal tenta se reconecta com suas origens e com o seu povo de quem foi brutalmente afastado, dialogando com a dificuldade que vivênciei e escutei de meus companheiros indígenas de esta longe de sua comunidade, e como isso os afeta.
Abrindo o Véu
Nerize Portela
Abrindo o Véu é uma série fotográfica que surge como parte de uma investigação artística em curso, que aborda a cura derivada do conhecimento popular, da conexão com a terra e dos processos de quarentena e purificação. É um trabalho realizado como resultado de encontros, tratamentos espirituais iniciados em 2020, processos de cura e pesquisas da pós-graduação. Mas é realizado principalmente como pulsão de vida à criação, respiro, extravasamento e registro de procedimentos, inspirados nas sabedorias ancestrais.
A vida é um sonho
João Victor Mendes
Esse trabalho foi desenvolvido de forma autônoma e induvial no período da quarentena. João Victor Mendes, é ator e caminha para o termino do segundo ciclo no Artes do Corpo em Cena; esse mesmo trabalho foi aprovado no Festival UP: O maior festival on-line da America Latina, na categoria teatro. Uma experimentação de audiovisual e teatralidade.
Vinheta Imagina!
Heictor Miranda Cruz
Vinheta utilizada na abertura das sessões de filmes do programa de extensão Imagina! Circuito Permanente de Audiovisual. O vídeo representa a materialidade do filme em contato com o ambiente, as texturas, representatividade, opiniões, do lugar de onde ele vem até chegar as telas.
Matamba
Ester de Oxum
Trabalho de corpo sobre esse encantado em diáspora produzido durante a quarentena. Matamba, Amburucema, Bamburucema, inquice dos ventos, dos raios e da fertilidade, se apresenta nessa performance como a mulher afro diaspórica. Cavalo de santo que goza, que reza e que alimenta com seu trabalho. A faca que corta o coco mata o inimigo. Quem é o inimigo da mulher-inquice afro diaspórica?
Som Digital em Fotografia
Ketlin Aguiar, Nicolle Dela Cruz e Paloma Lorrancy
Uma investigação de novas formas para representar visualmente as variações de ondas/frequências de uma determinada nota musical, alterando apenas os timbres. Utilizado para conclusão de um componente curricular, o presente trabalho busca repensar a representação gráfica da música e como a fotografia pode representar um som.
Fragmento de todos
Caroline Nascimento de Souza
Pensar esse orixá enquanto algo próximo aos humanos é algo que permeia a narrativa do curta, onde Esú se coloca abertamente em diálogo com aqueles que assistem esse filme-carta, assim uma linha tênue entre o profano e o sagrado, o terreno e o divino, o bom e o mal se estabelece ao longo de sua montagem. O quê ou quem é Esú? Não é a intenção da produção responder a tais questionamentos, e sim levar ao público a refletir sobre si, e sobre as inúmeras religiosidades de origem africana presentes no território brasileiro que lidam há muito tempo com as intolerâncias.
Candomblé: ”Fé e Resistência”
Caroline Nascimento de Souza
A exposição fotográfica chamada ‘’Candomblé: Fé e Resistência’’ traz fotos do Terreiro de Logun Edé localizado em Eunápolis-BA e liderado por Mãe Luziene, buscando uma abordagem que foge da ideia comumente propagada onde ajuda na manutenção de um imaginário negativo em torno das religiões de matrizes africanas. Assim a mesma tem fotos vivas, coloridas tiradas de uma das festas mais conhecidas do terreiro, a de Cosme e Damião, buscando identificar as características materiais e também imateriais a respeito dos ritos.
Composição musical LAB SIM
elaeelan
Composição musical LAB SIM foi desenvolvida como trabalho final do componente de CRIAÇÃO E COMPOSIÇÃO SONORA (LAB). São recortes e colagem de trechos de músicas, sons e um trecho adaptado da letra da música Recado da Mãe Divina (Chandra Lacombe). A junção de tudo isso é baseada na ideia de samples, sobreposição de camadas, discotecagem, e foi inspirada pelo momento de caos vivido no Brasil em 2019 quando ocorreu o ataque do mar pelo óleo.
SOMA FALÉSIA: Um Corpo que Limpa
elaeelan
SOMA FALÉSIAS, é um ensaio para performance que culmina numa videoperformance. Na incorporação de uma “entidade inventada” sintética e sincrética, a artista com um guarda-chuva ou guarda-sol na cabeça, evoca a sombra para acessar gestos ligados a uma espiritualidade inerente à sua íntima natureza de ser. A dança desloca a experiência do “Butô”, também conhecido como dança com os espíritos, para o contexto multicultural brasileiro buscando resgatar a ancestralidade e dar sentimentos e sentidos para mais uma aparição de SOMA agora em território litorâneo.
Sem título – Retrato
Jocácio dos Santos Anjos
O trabalho busca uma releitura dos padrões de beleza impostos pela sociedade através do desenho.
Incertezas
Heictor Cruz e Eduardo Rebelo
Incertezas é uma música autoral utilizada como material de estudo no componente curricular Mixagem e masterização, orientado pelo professor Alemar Rena. Foi feita em um período de incerteza sobre o futuro, de descoberta de uma identidade própria e do lugar onde vivo. Essa música também integra a coletânea Sonida Vol. 1.
Impressão
Marcos Aurélio Ribeiro Santiago Junior
O julgamento da primeira impressão te faz esquecer que existe um universo maravilhoso por trás de cada olhar.
Quarentena II
Marcos Aurélio Ribeiro Santiago Junior
Jornais religiosos entregues em meio ao isolamento, sendo um exemplo de “lobo em pele de cordeiro”, com função de alienar, disfarçado de “esperança”, por que pessoas estão desesperadas para acreditar em algo.
Quarentena I
Marcos Aurélio Ribeiro Santiago Junior
“Detento” da sociedade por meio da irresponsabilidade humana. Todos nós, nos tornamos detentos em nossas casas.
As Afroindígenas
Bruna Machado Gama
O projeto é uma pintura feita em mural com base na pesquisa sobre a população afroindígena na região de Porto Seguro. Tem como motivação, a reflexão a partir da minha própria formação étnica. Em um jogo de cores e texturas, o público pode experimentar sensações. As cores nem sempre realistas fazem a quebra do senso comum, onde a proposta é explorar os preconceitos existentes na sociedade sobre os descendentes de negros e indígenas trazendo à luz, uma nova maneira de observar nós mesmos.